domingo, 26 de setembro de 2010

O problema de certas perguntas

A maioria das pessoas tem medo de fazer uma auto avaliação da própria vida. Estive com um livro na mão que tinha algumas perguntas de carácter mais pessoal no final com cerca de 3/4 linhas para escrevermos as respostas. Era como uma espécie de auto reflexão ou avaliação da vida que, de certa forma, seria essencial fazer de acordo com o livro. Basicamente o livro terminava dessa forma. E então comecei a ler algumas por brincadeira: "Qual o dia mais feliz da sua vida?" Fico à espera de uma resposta, por mais expontânea, ridícula e disparatada que pudesse ser, assim à pressão! Não houve resposta. Parto para a próxima: "Sente-se realizada com o seu trabalho?" Novamente silêncio. Creio que li mais umas 2 ou 3 ainda mais viradas para o lado pessoal e foi então que ouvi algo como "Essas perguntas são muito perigosas, pois fazem-nos pensar...e podem deixar-nos meio deprimidas."
Isto dito por alguém que, para mim, tem aquilo que é suposto para ser feliz. Aquilo que eu imagino como algo que nos preenche. Várias coisas, aliás. Será que com o passar do tempo as pessoas deixam de valorizar o que têm ou será que nem passa por aí, será que, simplesmente, a grande maioria das pessoas, seja de que idade for, não faz nunca uma espécie de auto avaliação da sua própria vida...por MEDO? Com receio do que possam descobrir ou do que possam revelar ou de ficarem a pensar durante a noite... É pena. Até podiam descobrir que afinal são felizes.

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