quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Resumo do meu dia

8h20: toca despertador

8h40: arrasto-me para fora da cama

9h00: saio de casa

9h30: carro resvala na curva e faz peão. Apanho grande susto. Carro para quieto. Saímos para ver os estragos, estreamos o triangulo, os coletes, pensamos que carro não sai dali sem reboque. Colega telefona a perguntar se preciso de ajuda, “ah e tal bem me parecias tu…”, digo que não. Carro afinal funciona. Outra colega para e sai para ajudar (só gente querida). Colega dá boleia para trabalho e pai leva carro para casa.

9h50: começo a trabalhar. Não tomei pequeno almoço. Vou ficar de estômago vazio até às 13h…

12h30: colega de trabalho surge do nada e começa-me a enervar. Discutimos. Grito com ele cheia de raiva -ele não dá parte fraca, o que só me faz continuar. Calamo-nos. Recomeçamos. Praticamente lhe atiro com as folhas.

13h10: colega simpática chama-me para ir comprar comida e almoçar na cozinha da empresa. Digo que não sei bem se quero, que não me apetece conviver, que a cozinha vai estar cheia de gente, que vou antes dar uma volta e bla bla… colega insiste que hoje haverá pouca gente a almoçar lá dentro na copa, que é para eu vir, que pode comprar-me almoço, etc… acabo por ceder.

13h15: vou comprar comida ao pingo doce a resmungar e a bufar por todos os lados, que vou contrariada e que queria ir comer fora… e começam todas a bufar também. Não me rio.

13h30: entro na cozinha com comida e arrependo-me logo. Está cheia de gente. Gente nova, recente, cujas histórias não me apetece ouvir. Não abro a boca para confraternizar, não me interessa o que a outra disse ao namorado, o que a outra comeu ao jantar e para onde é que vai quando sair. Como num instante. As mulheres são mesmo umas gralhas, porra!

14h30: volto ao trabalho. Sinto os olhos a quererem fechar por estarem a fixar o ecrã do computador. Resmungo com os colegas que me pedem coisas. Olha para a minha secretária e mete nojo de tão desarrumada.

19h30: respondo de forma brusca a colega que me pergunta se não-sei-quê era para aquele momento. Claro que sim!!

19h31: percebo que colega ficou magoada. Fico com pena porque gosto mesmo da colega e ela não merece, coitadinha, tem tanto trabalhinho e é tão querida e dedicada…

20h20: hora de abalar, saio com a colega para apanhar o autocarro. Pergunto se ficou triste e peço logo desculpa e falo com ela. Colega chora que está cansada que é tudo para ontem e que trabalho só acumula. Identifico-me com a coisa…

20h30: apanhamos o autocarro. Continuamos a conversa e começamos a contar as partes idiotas do dia. Digo que às vezes lembro-me de quando a nossa chefe diz que segundo o “livro” só devemos tocar nas coisas 1 única vez. Tenho coisas que já toquei para aí umas 300 vezes. E ainda lá estão. Começamos a rir e, mais uma vez, terminamos o dia a rir que nem umas tontas das mesmas coisas que nos queixávamos.

22h40: Faço um resumo escrito do dia para exorcisar a coisa.

PS.: O que vale é que é já no sábado a minha primeira massagem anti-stress oficial, daquelas que uma pessoa paga e fica ali no bem bom. 45 minutos que me vão fazer maravilhas.

Sem comentários: