Cada vez que me falam daquele método de depilação indiana, com os fios enrolados e torcidos mas que diz que fica uma maravilha, que não há pêlo que não seja apanhado, a primeira coisa que me vem à cabeça é aquele jogo que a minha mãe me fazia para eu me entreter sozinha e não chatear ninguém: consistia em enfiar um botão numa linha, atar as pontas, dar umas quantas voltas e depois ficar a puxar as pontas e manter o botão sempre a girar no meio... tão simples!! Era só esticar e encolher as pontas, presas nos dedos. Adorava aquilo, depois encostava o botão a girar às mais variadas superfícies só para ouvir o barulho: na mesa, no chão, na cómoda, na porta... até que a minha mãe dizia para parar, que riscava. Depois disso, só havia dois desfechos possíveis:
1- Entusiasmava-me a puxar as linhas e rebentava com aquilo tudo fazendo com que o botão saísse dalí disparado;
2- Continuava a girar o botão mas distraía-me e aquela coisa demoníaca apanhava-me os cabelos... e aí sim... era terrível. Normalmente só se resolvia à tesourada...
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