segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Sinto saudades de pessoas que me surpreendam por coisas boas, surpresas que superem a minha expectativa. Gestos que traduzam uma vontade de fazer sorrir. Impulsos inesperados e juvenis que me façam entusiasmar. Ou acções pensadas e elaboradas como um plano estratégico, de forma a fazerem-me vibrar de entusiasmo. Olho em redor, e uma a uma, as pessoas caiem por terra, quais peças de dominó. Olho para dentro e tento perceber se sou eu que estou errada. Serei eu que coloco demasiada fé em cada uma? Será que a vida corriqueira nos entrelaça de tal forma nos seus horários e nas suas rotinas, que nos rouba a capacidade de nos entregarmos? De fazermos figura de ridículo apenas para ver o outro esboçar um leve sorriso? De nos expormos apenas por uma palavra amiga que tanto efeito teria. Reparto as culpas com os que me rodeiam… Não sou assim tão diferente, não sou assim tão igual… Aprecio apenas os gestos simples e espontâneos e acredito que há momentos que apesar de não percebermos de imediato, nunca os esqueceremos... Que nos fazem acreditar que por tão pequenino gesto ou palavra, aquela pessoa se destacou e valeu a pena. Ou então, o oposto. Procura-se gente que por tamanhas surpresas, nos façam sorrir por dentro. Gente que compreenda que, assim como o efeito de uma bola de neve, o sorriso expande-se e faz olhar em frente e não para trás.

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